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Preparados para a corrida

25/05/2020 | Mensagens

Texto bíblico básico: Hebreus 12.1-4

Introdução

A Carta aos Hebreus expõe a importância da pessoa de Jesus de uma forma crescente que chega ao ápice no capítulo 10, em que Jesus é apresentado como o nosso grande sumo sacerdote, que nos reconcilia definitivamente com Deus ao substituir as prescrições da lei. Ele é superior a todos os profetas, sacerdotes e anjos.

A carta dirige-se aos cristãos no ambiente da primeira grande perseguição que sofreram sob o reinado de Nero, em que ficaram expostos à hostilidade sem poder refugiar-se no judaísmo, que era reconhecido como lícito, e sem locais próprios para se reunirem.

Nessa situação, o capítulo 5 alerta para a imaturidade dos destinatários, que precisavam de “leite” e não de alimento espiritual sólido (v 12), e destaca a importância de amadurecerem e fornecendo elementos que contribuíssem para isso, começando com os exemplos de fé no capítulo 11.

Assim, eles deveriam preparar-se para a corrida espiritual focados em Jesus, o seu alvo:

Corramos com perseverança a corrida que nos está proposta, fixando os olhos em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.1-2).

A carta oferece então recursos para esse preparo.

1) O ambiente da corrida

Quem vai enfrentar o desafio de uma corrida, principalmente se for de longa distância, como a maratona, precisa antes familiarizar-se com as condições do percurso dela e também com sua história.

Uma disputa como essa será acompanhada de muitas testemunhas. Em nossa corrida espiritual, essas testemunhas são principalmente os nossos irmãos na fé, mas Hebreus apresenta ainda no capítulo 11 uma lista de outras testemunhas – aquelas que nos precederam e que nos servem de inspiração. Todas essas são personagens do Antigo Testamento, mas a isso se acrescentam ainda outros exemplos, como os apóstolos e muitos outros cristãos ao longo da história.

Para nos inspirar em nossa corrida devemos dar atenção a todos esses, mas acima de tudo ao Espírito Santo que habita em nós para nos orientar e fortalecer.

2) Nosso condicionamento para a corrida

Uma condição essencial para participar de uma corrida é estarmos pessoalmente preparados e condicionados – desde o preparo físico, incluindo antes de tudo nossa saúde, até o vestuário adequado que não impeça os movimentos e represente peso morto.

Assim, Hebreus 12.1 nos alerta:

… livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta…

1 João 1.8-9 aponta para esse perigo, mas também indica a solução para ele:

Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.

Portanto, precisamos reconhecer nossa dependência de Deus em oração e nos dedicar a ele por inteiro. Neste momento de pausa forçada em que todos nos encontramos em algum grau, talvez devêssemos aproveitar para nos livrar de ocupações desnecessárias ou talvez até prejudiciais para ficarmos livres e desimpedidos para a nossa corrida:

Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar àquele que o alistou. Semelhantemente, nenhum atleta é coroado como vencedor se não competir de acordo com as regras (2Tm 2.4-5).

Um corredor competidor costuma ter um técnico que o assessora e orienta. Nosso técnico espiritual é o Espírito Santo.

3) Perseverança

Já vimos a recomendação para perseverança em Hb 12.1. Os destinatários da Carta aos Hebreus eram tentados a abandonar Cristo e se aliar às exigências do império romano. Nossas tentações hoje são diferentes, mas a corrida só fará sentido se atingirmos sua meta.

Um exemplo impressionante de persistência que comoveu o mundo foi o da suíça Gabriele Andersen na maratona olímpica de 1994 em Los Angeles, que se superou ao completar a corrida sob condições de saúde extremamente adversas, atingindo a meta 20 minutos depois do último competidor ter encerrado a prova.

Um exemplo bíblico é o de Calebe que, após contrariar os espias de Canaã que desanimaram o povo de Israel, obrigando-o a permanecer mais 40 anos no deserto, recebeu a promessa de que herdaria uma porção de terra depois que sua conquista se realizasse. Quarenta anos depois, com a idade de 85 anos, mas ainda vigoroso, ele reivindicou o seu prêmio, podendo então tomar posse de Hebrom e adjacências.

4) Foco no alvo

Repetindo Hb 12.2:

fixando os olhos em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé.

Jesus é o alvo da nossa corrida e só mantendo o foco nele é que chegaremos lá. Um exemplo negativo a respeito disso é o de Pedro indo ao encontro de Jesus quando este caminhava sobre o mar:

Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” (Mt 14.29-30).

Cristo fez tudo que era necessário para levar-nos ao alvo, mas é preciso manter o foco nele.

Corram de tal modo que alcancem o prêmio,

diz Paulo em 1Co 9.14.

Quanto a nós, além de manter o foco com perseverança, é hora de união e fortalecimento mútuo.

Pr Reinaldo Costa – domingo, 24/5/2020


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