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Que igreja queremos ser?

16/05/2022 | Mensagens, Pastores visitantes

Texto bíblico básico: Atos 2.41-47

O que queremos ser em nossa vida pessoal? Desde a ingenuidade dos nossos sonhos de infância (super-herói?) até as pretensões da vida adulta (fama? sucesso?) nossos sonhos se aprofundam. A Bíblia fornece em Efésios 4 úteis diretrizes para o nosso planejamento de vida, e o texto básico acima dá um exemplo prático desse procedimento.

Mas quais deveriam ser os nossos sonhos para a igreja de que fazemos parte?

Uma observação interessante sobre isto é a seguinte (o autor é desconhecido):

A igreja que vai impactar o mundo não é aquela a que você está indo – é a que você está sendo.

Vejamos três princípios para uma igreja saudável.

1º princípio: a centralidade da Palavra

Perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42).

A Bíblia, que traz até nós essa doutrina, precisa ser a fonte definitiva de orientação da igreja.

Jesus é único como Filho de Deus, o único que ressuscitou e o único capaz de perdoar pecados.

Cabe destacar dois perigos que ameaçam este princípio:

1) Relativismo – A tendência atual de negar a existência de valores absolutos – verdade seria aquilo que cada um considera assim. Na prática, destaca-se aqui a forma de lidar com os princípios morais.

2) Pluralismo – Todos os “-ismos” – religiões e ideologias – seriam válidos e poderiam inclusive ser misturados. O evangelho, porém, é singular:

Não há salvação em nenhum outro porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12).

2º princípio: igreja contextualizada

[Os primeiros cristãos] contavam com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava dia a dia os que iam sendo salvos (At 2.47).

Uma igreja contextualizada vive próxima das pessoas, fala a língua do povo e leva em conta sua cultura. Um exemplo disso é o episódio de Paulo em Atenas, que lançou mão do conceito do “deus desconhecido”, ao qual os atenienses até haviam erigido um altar, para então lhes apresentar Cristo como o verdadeiro Deus.

Também aqui podemos citar dois perigos a que a contextualização está sujeita:

1) Secularismo – É preciso lembrar que, assim como um barco navega dentro da água, em estreito contato com ela, mas sem poder permitir que a água entre nele, a igreja está imersa no mundo, mas não pode permitir que o mundo penetre nela.

É preciso irmos ao encontro do mundo, sem permitir que o mundo venha ao nosso encontro e nos assimile:

Não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

2) Tradicionalismo – É a doutrina do “sempre foi assim” – e por isso nada pode mudar. É colocar a forma acima do conteúdo, “sacralizando” falsamente meros hábitos do passado sem levar em conta o seu valor no contexto da vida atual.

O tradicionalismo geralmente se expressa em legalismo, que é a tentativa de resumir a vida cristã ao simples cumprimento de regras humanas. Os fariseus do tempo de Jesus eram especialistas nisso.

3º princípio: igreja discipuladora

Discipulado é a prática de pessoas cuidarem de pessoas.

Trata-se de os cristãos mais maduros ajudarem outros a amadurecer.

É uma tarefa que precisa ser executada não como rotina, mas conscientemente, com a intenção de contribuir para o crescimento de todos.

De uma ou outra forma, é uma tarefa de todos, o tempo todo, uma atitude que tem seu preço, requerendo a disposição de pagá-lo:

O que você ouviu de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmita a homens fiéis, idôneos para instruir a outros (2Tm 2.2).

Dois perigos que ameaçam o discipulado são:

1) Materialismo – Atenção indevida à vida material, principalmente às posses e a qualquer estilo de vida (o mundo dentro de nós), o que desvia o foco da vida:

Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e os ladrões escavam e roubam, mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não escavam nem roubam, porque onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração (Mt 6.19-21).

2) Narcisismo – Termo derivado da lenda grega de Narciso, um belo rapaz que, ao ver sua imagem refletida num lago, ficou tão encantado com ela que se inclinou em sua direção até cair na água e morrer afogado.

É uma atitude que se identifica com egoísmo, ganância e orgulho.

Você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, mas negando o poder dela (2Tm 3.1-5).

Concluindo, fica a pergunta: Qual será o nosso legado como igreja no meio em que nos encontramos?

Pr Tiago Araújo – domingo, 15/5/20/22


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Culto - 19h
Apenas presencial

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