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Paz em meio ao caos

19/04/2021 | Mensagens, Pr Kevin Tehlen

Texto bíblico básico: Filipenses 4.1-9

Um dos fenômenos que nos nossos dias mais afligem muitos de nós – talvez a maioria – é a ansiedade. Há quem diga que ela acomete até 80% dos brasileiros!

Mas o que é ansiedade?

Ansiedade é a ocupação com problemas que nem existem (ainda) ou talvez nunca venham a existir. Ela é desgastante e nos rouba forças e ânimo a troco de nada. Não só transtorna os nossos pensamentos, como chega a causar males físicos. Como lidar com ela?

No texto bíblico básico de hoje, Paulo aponta um caminho: depositar a ansiedade nas mãos de Deus e largá-la ali. É importante notar que esta recomendação faz parte justamente dessa carta conhecida como a carta da alegria. É um aspecto a focalizar.

Vale a pena agora reler com atenção todo o texto indicado.

1 – A alegria de Paulo

Meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, vocês que são a minha alegria e a minha coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados! O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor. Sim, e peço a você, leal companheiro de jugo, que as ajude; pois lutaram ao meu lado na causa do evangelho, com Clemente e meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no livro da vida (Fp 4.1-3).

Paulo parabeniza a igreja de Filipos por sua conduta, chamando-a até de sua “coroa”, ou seja, a recompensa pelo seu empenho missionário!

(Caberia perguntar: se Paulo escrevesse uma carta à Ibasp, poderia ser nos mesmos termos? É verdade que temos também muitos bons aspectos com que nos alegrar!)

Mesmo assim, porém, os filipenses também sofriam com heresias e perseguições, além de conflitos internos – Paulo pede ajuda à liderança da igreja quanto ao conflito entre Evódia e Síntique – duas colaboradoras de destaque na igreja! Não se pode deixar de lado quem enfrenta problemas de relacionamento. A falta de paz resultante disso alimenta a ansiedade.

Por isso, Paulo apela à unidade na igreja já antes desses comentários:

Completem a minha alegria tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude (Fp 2.2).

A divisão na igreja ergue muros onde se deveriam construir pontes. O fato de irmos morar juntos no céu deveria nos ensinar a viver em harmonia na terra (J.A. Motyer).

O bom relacionamento com os outros faz parte do nosso relacionamento com Deus.

2 – A nossa alegria

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor (Fp 4.4-5).

Como poderíamos alegrar-nos sempre se tivermos divergências? Alegrar-se sempre inclui também as situações de que não gostamos.

É que a alegria do cristão não depende das circunstâncias nem da ausência de problemas, mas da confiança em Deus em meio às diversas circunstâncias, sejam familiares, financeiras ou outras quaisquer. Também não se trata de ser apático e não dar atenção para o que ocorre em torno, mas de confiar tudo aos cuidados do Senhor:

O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam (Naum 1.7).

Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia (Is 26.3).

O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo, em quem me refugio. Ele é o meu escudo e o poder que me salva, a minha torre alta  (Sl 18.2).

Circunstâncias adversas são difíceis, e não saber como será o futuro, também. Faz parte da ansiedade querer controlar tudo, e então o medo nos domina. Por isso,

Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem (Sl 23.4).

Essa alegria não é forçar um otimismo, mas confiar no Senhor apesar de tudo:

Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus (Sl 146.5).

Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus (Sl 42.11).

Nossa alegria deve estar no Senhor.

Faz parte dela também que ela transborde para o nosso ambiente:

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.4-7).

Em João 8, Jesus demonstra essa atitude em relação à mulher adúltera que lhe é submetida para julgamento.

Paulo ainda lembra que Deus está perto de nós – sempre presente e, portanto, acessível.

Moderação é uma disposição amável e honesta para com outras pessoas, a despeito de suas faltas, disposição essa inspirada na confiança que os crentes têm em que após o sofrimento terreno virá a glória celeste (Ralph Martin).

O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças (Sl 28.7).

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade (Sl 46.1).

3 – A alegria de Cristo

Os psicólogos falam no “transtorno de ansiedade”, que alguém já chamou de “o mal do século”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 50% das pessoas hospitalizadas são ansiosas. O que é isso?

Trata-se de dar mais atenção aos problemas – nem sempre reais – do que a Deus.

Também nós como cristãos muitas vezes nos esquecemos de Deus, apesar de sabermos que a solução está em confiar nele – e todas as nossas manobras de defesa só pioram a situação. A ansiedade é sufocante.

Consta que menos de 10% daquilo que pensamos e com que nos preocupamos é realmente autêntico – e isso nos fragiliza. Temos a tendência de concentrar toda a nossa energia nos mais de 90% restantes e irreais, e quando então temos de enfrentar a realidade, já estamos desgastados.

Paulo prossegue em Fp 4 orientando-nos para superar essa condição:

Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas em tudo sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças (Fp 4.6).

A receita se compõe de oração, súplica e ação de graças – contar ativamente com a ação de Deus e não ficar apenas parado esperando para ver o que acontecerá. Ali mesmo em Filipos, Paulo e Silas deram o exemplo disso quando foram lançados na prisão:

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam (At 16.25).

Essa é a alegria autêntica! A oração tranquiliza nosso interior:

Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês (1Pe 5.7).

4 – Atitudes práticas

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês (Fp 4.8).

Verdadeiro é aquela pequena porcentagem de realidade daquilo que nos move.

Respeitável é o que nos distingue do mundo e com que Deus poderá trabalhar em nós.

Justo é aquele que sempre se questiona e pensa bem se aquilo que o ocupa está realmente certo.

Pureza não é apenas sexual, mas pensamentos e atos não contaminados por segundas intenções.

Amabilidade consiste em transmitir o amor de Deus ao nosso meio.

Boa fama é agir bem de forma convincente.

Paulo cita aqui virtudes que já os filósofos da sua época defendiam, quanto mais então os cristãos deveriam praticá-las.

Excelente e louvável é pensar e viver de acordo com tudo isso – contrariamente à ansiedade. Portanto:

Não andem ansiosos, mas vivam uma vida de relacionamento com Cristo e experimentem a paz que só ele pode proporcionar.

Kevin Tehlen (obreiro) – domingo, 18/4/2021


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